O Monero foi lançado em Abril de 2014. Foi um lançamento justo e pré-anunciado da implementação do código de referência do CryptoNote. Não houve mineração prévia ou instantânea, e nenhuma parte da recompensa dos blocos é tomada para os desenvolvedores. Consulte a página original no Bitcointalk aqui. O fundador do projeto, conhecido somente pelo apelido thankful_for_today, propôs algumas mudanças controversas que a comunidade não estava de acordo. Para evitar a catástrofe, a comunidade junto com a atual Equipe de Desenvolvimento Core realizou o fork do projeto. Esta equipe é a que mantém supervisão do protocolo desde então.
O Monero teve grandes melhorias desde seu lançamento. O blockchain foi migrado para uma nova estrutura de base de dados que fornece mais eficiência e flexibilidade, tamanhos mínimos nas assinaturas em anel foram estabelecidos para que todas as transações sejam privadas por padrão, e o RingCT foi implementado para ofuscar os valores de cada transação. Praticamente todas as mudanças proporcionaram melhorias para a segurança e privacidade, ou facilitaram o uso do protocolo. O Monero segue seu desenvolvimento com foco primário em privacidade e segurança, e secundário em facilidade de uso e eficiência.
O Monero é mais do que apenas uma tecnologia. Ele também é o que essa tecnologia representa. Algumas das filosofias que orientam o desenvolvimento estão listadas abaixo.
Os usuários devem poder confiar suas transações no Monero, sem risco de erros ou ataques. O Monero dá a recompensa total dos blocos aos mineradores, que são os membros mais importantes da rede pois fornecem alta segurança. As transações são criptograficamente seguras, usando as melhores e mais avançadas ferramentas de criptografia disponíveis.
O Monero leva a privacidade a sério. O Monero precisa ser capaz de defender seus usuários num tributal e, em casos extremos, até mesmo da pena de morte. Esse alto nível de privacidade deve estar completamente disponível a todos, sejam eles tecnologicamente competentes ou não tenham nenhuma ideia de como o Monero funciona. O usuário deve ser capaz de confiar fortemente no Monero, de maneira a não se sentir pressionado em mudar seus hábitos financeiros devido ao risco de ser rastreado e monitorado.
O Monero se compromete em fornecer o máximo de descentralização possível. O Monero não é controlado por nenhum grupo específico e você não precisa confiar em nenhuma entidade da rede. O algoritmo “prova de trabalho” é acessível e permite a mineração do Monero através de computadores normais, o que dificulta que uma entidade adquira uma grande força de mineração. Os nós se conectam uns aos outros via I2P para reduzir os riscos de revelar informações confidenciais (em desenvolvimento). As decisões de desenvolvimento são extremamente claras e abertas à discussão pública. Os registros das reuniões dos desenvolvedores são publicados online em sua totalidade e são visíveis por todos.
Aqui estão listadas algumas informações básicas sobre o Monero. Para detalhes mais aprofundados, consulte a biblioteca ou entre em contato com a comunidade.
O Monero utiliza o RandomX, um algoritmo de prova de trabalho resiste a ASICs e amigável com CPUs criado pelos membros da comunidade Monero, desenvolvido para tornar inviável a utilização de hardware específico de mineração. Anteriormente o Monero utilizou o CryptoNight e variações deste algoritmo. Mais informações no repositório GitHub.
Para garantir que sempre haverá um incentivo para minerar Monero e mantê-lo seguro, a emissão é infinita. Existem dois tipos principais de emissão: inicialmente, curva principal: ~18,132 milhões de moedas até o final de maio de 2022, a seguir, curva em cauda: 0,6 XMR a cada bloco de 2 minutos, sendo ativada após o término da emissão inicial, gerando uma inflação decrescente, menor que 1% (Tail Emission).
Um novo bloco é criado a cada ~2 minutos. Não existem um tamanho máximo de bloco, e sim uma penalidade na recompensa do bloco e um tamanho de bloco dinâmico para assegurar uma escalabilidade dinâmica.